Começa julgamento de acusados de envolvimento com a Operação Cartola

Foto: Voz da Torcida

Começa hoje, às 14h, no Plenário do Fórum Criminal de João Pessoa, o primeiro julgamento referente à Operação Cartola, que desarticulou uma suposta organização criminosa, composta por ex-dirigentes de clubes, árbitros e membros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), acusada de manipular resultados do Campeonato Paraibano de Futebol do ano passado.

Na ocasião, serão ouvidas 12 testemunhas de acusação na primeira audiência do caso. Conforme informações do Cartório, devido ao grande número de pessoas envolvidas no processo, as audiências foram fracionadas. Primeiro, serão ouvidas as testemunhas de acusação, em outra data, a ser agendada posteriormente, será a vez das testemunhas da defesa e, por último, será marcada outra audiência para os interrogatórios dos denunciados. Além disso, foram encaminhadas cartas precatórias para ouvir pessoas na Comarca de Campina Grande e em outros estados.

A audiência marca o início do julgamento dos 17 réus denunciados no âmbito da Operação Cartola. Entre eles, está o ex-presidente da Federação, Amadeu Rodrigues, além de Lionaldo Silva, ex-presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB) e o ex-procurador da corte, Marinaldo Barros; José Renato Soares, ex-presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol da Paraíba (CEAF-PB) e o ex-vice-presidente de futebol do Botafogo-PB, Breno Morais.

Os réus foram julgados na esfera desportiva em novembro do ano passado, com exceção de Amadeu Rodrigues, que foi julgado separadamente um mês depois. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu banir do futebol os réus, por infrações ao Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), ao Código de Ética da Fifa e também ao Estatuto do Torcedor.

Juízes denunciados

Os árbitros que serão julgados são Adeilson Carmo Sales, Antônio Carlos Rocha, Antônio Umbelino e Francisco Santiago (árbitros da FPF), além de Tarcísio José e Josiel Ferreira (auxiliares da FPF). Outros dois árbitros e um auxiliar da CBF foram punidos, são eles Éder Caxias, João Bosco Sátiro e José Maria de Lucena Netto.

Operação

Os réus foram alvo da Operação Cartola, desencadeada pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que desbaratou, em abril do ano passado, um dia após a final do Campeonato Paraibano, uma quadrilha que manipulava os resultados e escalas de árbitros do torneio.

Equipe @Vozdatorcida com Gabriel Botto/Correio da Paraíba

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