Para sanar dívidas, Campinense busca acordos financeiros e negociações

Com dívidas que giram acima das cifras de R$20 milhões, como informou ao Voz da Torcida Paulo Gervany, ex-presidente do Campinense, o clube trabalha para tentar sanar os débitos na nova gestão de Phelipe Cordeiro. A tentativa leva em consideração, principalmente, tornar viável a manutenção da existência da Raposa que, por conta do déficit, tem bens bloqueados que impedem o clube de investir o dinheiro dos cofres na montagem do elenco, estrutura e gastos rotineiros.

Em entrevista na Live do VT, o dirigente garantiu que mesmo com mandato curto, a missão é tentar arrumar a casa no quesito financeiro. O novo mandatário assumiu o cargo por um período tampão que irá durar até o fim de 2021.

O Campinense busca acordos que garantam a viabilidade para que o pagamento das dívidas seja feito, segundo o novo presidente, da forma mais rápida possível.

– A única solução e o único remédio jurídico para esse imbróglio, é uma unificação de todo esse processo. Nós estamos buscando, em todos os tribunais por todo o Brasil onde tem processo contra o Campinense, para que a gente traga para o Nucom [Núcleo de Conciliações], onde existe um acordo vigente com o clube, para que a gente consiga honrar, com parte da receita, com essas dívidas trabalhistas. Mas também que a gente consiga ter uma porcentagem para que o clube se mantenha vivo. A justiça tem que entender que a partir do momento em que ela bloqueia 100% de todas as cotas, rendas e patrocinador, ela torna o clube inviável – declarou. 

Para isso, desde 2019, Cordeiro busca alinhamento com o Conselho Deliberativo para solidificar um setor jurídico dedicado para cuidar, exclusivamente, das dívidas. 

– Não é de interesse de ninguém que o Clube não consiga andar, caminhar. E aí a gente nem faz um e nem o outro. Então temos que trabalhar em conjunto com a justiça honrando os compromissos, mas tendo também viabilidade financeira para manter o clube – ressaltou.

Ainda segundo o novo presidente, a transparência sobre as dívidas e todos os assuntos pertinentes serão prioritários na gestão. Phelipe Cordeiro informou que, ainda em 2020, o Campinense conseguiu realizar uma reunião com torcedores que são colaboradores e representantes de torcidas organizadas para mostrar a realidade.

– Nós preparamos um plano de execução de todas as receitas que entraram no clube e vamos apresentar ao juiz do Núcleo de Conciliação para que ele veja qual é a real situação financeira do Campinense. A transparência, que tanto eu cobrei, seria hipocrisia não implantá-la agora. Eu disse durante a campanha e reafirmo novamente. A ideia é que a gente possa, mensalmente, ter uma reunião e consiga propagar entre a torcida o que foi feito, da mesma forma será nas redes sociais e será explanado para imprensa também – afirmou.

Fruto da arquibancada geral do Estádio Amigão, Phelipe Cordeiro é o presidente mais jovem na história do Rubro-Negro, assumindo o posto aos 32 anos. Mesmo sem a certeza se seguir no cargo após o fim de 2021, a missão é arrumar a casa.

Equipe @Vozdatorcida

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