Pierre Eloy comenta a derrota do Botafogo-PB no clássico Botauto

Meus amigos (as) botafoguenses, depois de tudo que vimos na tarde de domingo, o que dizer do tradicional Botauto? Sinceramente, foi um show, ou melhor, um espetáculo de incompetência do treinador, ou como alguns torcedores gritavam no estádio, do “entregador de coletes”, Neto Maradona.

O time começou com uma escalação esquisita ao vermos que o professor (pardal), Neto, havia improvisado um lateral direito (Diego) para fazer a dupla de volantes com Izaias, mesmo tendo ele o Odilion e o Nino Paraíba para começarem jogando, haja vista a contusão do titular Marcelo Pinheiro. Mas, entendam, dentro de campo ele não comprometeu, mas seria prenúncio de queima de substituições, normais e táticas no decorrer da partida.

Isto posto, o jogo começa e o Auto tinha uma boa posse de bola, envolvendo o Botafogo, todavia, o Botafogo tinha a velocidade de Yla, que viria a perder umas 3 boas oportunidades, sendo a saída viável que ainda levava perigo ao Auto Esporte.

O Auto seguia tocando a bola com muita qualidade, e depois de alguns lances de perigo, abriu o placar aos 26 minutos. Fez o gol e se acomodou um pouco. Do outro lado estava o Botafogo, jogando na base da vontade, as vezes levando  algum perígo, hora com Yla, ora com Leomir (quando resolvia aparecer).

Fizemos o gol de empate com Jales (que só fez isso o jogo inteiro), faltando 5 minutos para acabar o primeiro tempo, e novamente a esperança reascendia.

“ Infelizmente, o Botafogo está tendo um grande problema na saída das jogadas, e isso se deve a falta de vontade dos meias de voltar um pouco e encostar nos volantes, ou se aproximarem dos laterais dando opção de jogada pelos flancos. 

A pressão defensiva do Auto Esporte se limitava a marcar os dois volantes do Belo, bastando que o William ou o Leomir pudesse ajudar um pouco mais, de modo a facilitar o toque de bola da equipe, daí, eu tenho notado que os erros de passes tem vindo justamente pela falta de empenho dos meias, forçando o erro de quem tenta sair com a bola, por falta da aproximação dos mesmos”.

Começa o segundo tempo e para a surpresa de todos, o “Gênio” Neto Maradona, tirava o jogador que poderia desequilibrar e colocava o Erivelton, que por sinal, já era para ter entrado jogando, todavia, no lugar do Jales.

Erivelton novamente mostrou ser um jogador lúcido, sabendo fazer o pivô para quem vem de trás, bem como, abrindo a bola principalmente pela lateral direita com o aguerrido Pitbull.

Infelizmente, o ataque que nesse momento contava com dois jogadores de características parecidas (centroavantes), deixou o time um pouco “engessado”, pois não tinhamos mais a mobilidade de Yla, atacante veloz e rompedor, que por suas características, preocupava a zaga automobilista, além de obrigar a zaga adversária adeixar espaços, por ter que colocar sempre alguém na cobertura.

Quando pensava-se que o Neto não poderia fazer mais nada para piorar a equipe, ele como num filme de “trash comedy”, resolveu sacar o Izaias (melhor jogador do meio campo) para colocar o Nino Paraíba, e mais uma vez ninguém entendia ou sabia explicar o que o “intelectual da bola” pretendia com isso, pois a equipe precisava de alguma mudança tática, e ele fez o famoso 6 por meia duzia.

A torcida foi a loucura gritando o couro de “burro…burrro”, e então, ele tirou o Jales para colocar o Cláudio, ou seja, tentou mudar algo de forma pensada pela primeira vez na partida. Porém, não seria melhor ter tirado o Jales lá trás, para a entrada do Erivelton, e ter deixado o Yla no início do segundo tempo? Claro que sim, se houvesse o mínimo de estratégia, conhecimento de futebol e pragmatismo, pois não teriamos queimado essa substituição no fim da partida.

Ele poderia ter colocado o Claudio pela ponta direita, tendo assim dois atacantes de mobilidade e velocidade (Yla e Claudio), junto com o Erivelton, mais enfiado pelo meio da zaga, para fazer o pivô, triangulações, receber bolas alçadas ou girar para o gol. Esse seria o 4-3-3 que ele disse que iria jogar, mas não o fez na prática. Já não havia mais nada a fazer a essa altura, pois o Auto já tinha feio o segundo gol, e logo após isso, o Botafogo perdeu o “rebolation”, ou melhor, o meia Willian por expulsão.

Bom, não se surpreendam se ele voltar para o 3-5-2 contra o Nacional, de modo a chamar o Naça pra cima do nosso elenco, envolvendo e anulamndo nossas jogadas, pois o Mauricio Cabedelo é infinitamente melhor técnico do que esse trazido pelo presidente Nelson Lira.

Só com um milagre o Neto Maradona conseguirá algo diferente nesse time, pois ele não tem leitura alguma de jogo, nem tem ousadia para atacar ou defender de forma inteligente. Caso o Nelson ainda queira alguma coisa nesse certame, poderia trazer o Argeu dos Santos, que é um treinador que não inventa e joga pra cima, fazendo aparecer a qualidade dos jogadores de  frente principalmente.

Todavia, se Nelson quiser levar com a barriga, basta continuar com Neto Maradona, quem sabe a gente ganhe do Flamengo-PB no fim do turno?

Melhores dias para o maior campeão do estado.

Pierre Eloy é Publicitário e Radialista, e frequenta as arquibancadas desde 1996. Foi comentarista e colunista de futebol na equipe Belonet em 2009/2010. Também convidado a ser o Vice Presidente de Marketing do Botafogo Futebol Clube no final de 2011, passando a ser Assessor de Imprensa no mesmo ano. No inicio de 2012, assumiu a Gerência de Comunicação do clube a pedido do presidente Nelson Lira. Hoje, está de volta à crônica esportiva a convite do Diretor Geral do portal  Voz da Torcida, Cristian Uchôa.

Equipe @Vozdatorcida

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2 Comentário

  1. Mas por que Neto Maradona, o entregador de coletes, deixou o Sousa entre os líderes? E Suélio, outro entregador de coletes, assumiu o Naça e pode levar o time à segunda fase, inclusive deixando o elo para trás (que ironia)?

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