
Os vereadores da Câmara Municipal de João Pessoa discutiram, nesta terça-feira (06), a responsabilidade da Polícia Militar em fazer a segurança dos jogos no Estádio Almeidão e, na discussão, os vereadores Júnio Leandro (PDT) e Coronel Sobreira (MDB) defenderam que uma empresa privada seja contratada para realizar a segurança no interior no estádio.
O debate surgiu após a fala do vereador Júnio Leandro sobre os acontecimentos nos últimos jogos do Botafogo-PB. Os duelos contra Confiança e Figueirense, no dia 13 de julho e no último dia 3 de agosto, respectivamente, no estádio, foram paralisadas devido ao uso do spray de pimenta, que, inclusive, atingiu os jogadores em campo.
Ao Portal Pop Notícias, o Júnio Leandro disse que atitudes ‘despreparadas’ da Polícia Militar no Almeidão, principalmente no lado sol da arquibancada, motivaram o debate na plenária nesta terça-feira. O parlamentar também comentou sobre o uso de spray de pimenta.
– Eu venho percebendo algumas atitudes despreparadas por parte da Polícia Militar, me parecendo que a polícia não tem um treinamento específico para lidar com esse tipo de evento esportivo. Nos últimos jogos, a polícia vem utilizando spray de pimenta; a cada jogo, vemos crianças entrando em campo e passando mal. Há um despreparo do quadro – pontuou o vereador.
Os parlamentares defendem que a segurança do interior do estádio seja realizada por uma empresa privada e citam o exemplo de outros estados pelo país.
– Como se trata de um evento privado, a polícia tem que fazer a segurança do entorno do estádio, dentro tem que ser contratado uma empresa privada, assim como acontece no Maracanã e em outros estádios pelo Brasil – disse Júnio Leandro.
O vereador Júnio Leandro disse ainda que pretende apresentar um requerimento ao Governo do Estado solicitando que os policias militares passem por um treinamento para atuar na segurança de jogos na Paraíba.
Um torcedor organizado do Botafogo-PB relatou à reportagem que não houve nenhum conflito no estádio para o uso de spray de pimenta por parte da Polícia Militar.
– A ação da PM no jogo passado foi, como na maioria das vezes, infundado e despreparado. Não havia conflito algum iniciado ou em eminência; a bomba de gás lacrimogêneo foi gratuitamente. Após a bomba, a única escapatória foi invadir o gramado pra fugir do gás – relatou.
A reportagem tentou contato com a Polícia Militar para um posicionamento sobre o ocorrido, mas até o momento da publicação desta matéria não obteve nenhum retorno.
Equipe @Vozdatorcida com PORTAL POP NOTÍCIAS