Na tarde desta quinta-feira (20), o Botafogo-PB deu detalhes sobre a transformação do modelo de gestão do clube, que deixará de ser o associativo, e passará a atender por uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) a partir que forem finalizados alguns trâmites burocráticos.
O presidente do clube, Roberto Burity, acompanhado do ex-mandatário e atual diretor jurídico, Alexandre Cavalcanti, estiveram juntos de Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, que intermediou o negócio entre o clube e os empresários Celso Colombo Neto e Lucas Franzato.
Segundo Fernando Ferreira, no dia 12 de junho de 2023 começaram as tratativas entre ele e o Belo, a pedido de investidores que buscavam um clube com potencial de crescimento. Entre três indicados, o time pessoense levou vantagem por ter uma dívida de R$ 5 milhões, considerada baixa, toda negociada, estar estabilizado esportivamente na Série C, e pertencer a uma região metropolitana que está em evidência no país e sem nenhum rival para concorrer.
Desta forma, nos últimos seis meses, Celso Colombo Neto e Lucas Franzato tiveram o interesse e conseguiram, na reunião dos conselheiros realizadas ontem (19), fechar o acordo, que para ser selado de vez precisa da aprovação em assembleia geral do clube, que deve ser realizada nos próximos 45 dias.
Além do investimento total de R$ 260 milhões (duzentos e sessenta milhões), a estrutura física da Maravilha do Contorno será alugada para a SAF por 30 anos por um valor fixo que será destinado ao clube administrativo, que seguirá com 10% das ações enquanto a SAF ficará com os 90% restante.
Por obrigação, nos próximos 18 meses, em um período que pode variar para mais ou para menos, no CT do clube receberá o investimento da construção de quatro campos de futebol, um hotel para os atletas e comissão técnica, estrutura para fisiologia e fisioterapia, entre outras melhorias.
Alexandre Cavalcanti explicou que o valor total do investimento não tem uma determinação específica para entrar nos cofres, e que isso dependerá de várias situações.
– É um investimento variável. Existe a correção monetária, e o contrato vai prever anualmente um reajuste. Além disso, existem previsões que a gente vai colocar como gatilhos. Ascendeu à Série B, esses investimentos vão ser antecipados. Ascendeu à Série A, obviamente que o investimento da Série A é diferente da Série B. Então, o grupo que estará administrando certamente vai conseguir compor isso de uma maneira mais prudente dentro de um cronograma e de êxitos. Até escutei isso que se a gente pegar R$ 260 milhões dividir por 15 anos daria aproximadamente R$ 1,2 milhão por mês, aproximadamente isso. Para uma Série C, daria para a gente sobreviver tranquilamente. Em uma Série B já não daria. Para uma Série A é inimaginável. Então, esse cronograma é variável, mas vai ser estabelecido em contrato essas possibilidades – explicou.
Dentro da SAF do Botafogo-PB, o clube terá um representante no Conselho Administrativo e outro no Conselho Fiscal, enquanto o grupo de empresários terá número maior.
Ainda na coletiva, o presidente Roberto Burity afirmou que foi procurado pelos investidores que, caso o clube precisasse de algum investimento com relação a contratações para buscar o acesso nesta Série C, poderia contar com eles. Um nome, inclusive, foi ventilado, mas não foi revelado pelas partes.
Equipe @Vozdatorcida