Amigos e amigas botafoguenses, há tempos a torcida não saia do estádio tão feliz com a equipe. O torcedor pode se perguntar, o que será que houve com o Esporte de Patos? O adversário é tão fraco assim? A resposta é não! Basta ressaltarmos que se trata da mesma equipe que venceu o Treze de Campina Grande há poucas rodadas.
Então, qual a explicação para um placar tão elástico? Muito simples, um resultado positivo é conseguido com um pouco de tudo, mas o fundamental é a equipe entrar com uma proposta inteligente dentro de campo e foi o que aconteceu.
Nas partidas anteriores o Botafogo estava com uma séria dificuldade de fazer a bola chegar com qualidade para os atacantes. Pelo lado direito, o Lateral Pitbull e o meia William estavam se entendendo, mas pelo lado esquerdo, o Botafogo não conseguia desenvolver nada por conta da característica de marcação do lateral Roque, fazendo com que aquele lado jogasse com o ”freio de mão” puxado.
Existe um dito popular que diz que há males que vem para o bem, e foi o que aconteceu. Com a ida do lateral esquerdo (Roque) para o DM do clube, Leomir ficou incumbido de jogar pela lateral esquerda, fazendo com que o treinador Suélio Lacerda migrasse do 4-4-2 para o falso 4-4-2, ou seja, quando a equipe estava sem a bola, tínhamos três volantes na marcação, com isso o 4-4-2 dava lugar ao 4-3-1-2. A dupla de zaga, formada por Rogério e Rizzo se comportou muito bem, no entanto também não foi muito exigida.
O Leomir teve a proteção do Marcelo Pinheiro em sua retaguarda, o que de fato, já surtiu efeito em menos de 30 segundos com um golaço do lateral improvisado, que subiu em alta velocidade para inaugurar o placar. Outro fator que não podemos deixar de ressaltar é que isso tudo só foi possível pela característica ofensiva do volante Nino Paraíba, que mostrou mais uma vez que sabe sair jogando com muita categoria.
A partir daí, o time bem encaixado do Botafogo era inteligente não apenas com a bola, mas também sem ela, envolvendo a equipe do sertão e sendo senhor das ações durante o primeiro tempo, que teve o segundo gol marcado por Jales, só parando quando a bola chegava ao atacante Edgar que vem mostrando-se incapaz de dar sequencia as jogadas de ataque, causando revolta na torcida. Ele ainda iria sofrer uma penalidade e marcar o terceiro gol da equipe na partida, e terceiro dele durante todo esse tempo como titular, machucando-se em seguida e sendo substituído para o alívio da torcida.
Próximo aos 40 minutos, o centroavante inspirado, Jales, receberia a bola ainda no meio campo, avançando com velocidade, chutando forte e sem chances ao arqueiro adversário, finalizando a primeira etapa com o placar de 4 a 0 para a equipe estrelada.
Começa o segundo tempo e o nome do jogo parecia estar destinado a fuzilar o Esporte de Patos, marcando mais um gol (terceiro dele na partida), com apenas dois minutos de jogo. O Belo sofreu um gol aos 11 e viria marcar mais um aos 20 com Cláudio. A partir daí o tricolor mais lindo do Nordeste resolveu se acomodar e alguma coisa precisava ser feita.
O William, que vinha sendo o destaque da criação durante o campeonato, teve uma noite apagada e improdutiva por “enfeitar” demais e prosseguir as jogadas de menos, dando lugar ao meia Everson Jaú.
Outro que entrou a pedido da torcida no lugar do já cansado Jales foi o veloz e habilidoso Buiu, que de fato levou bastante perigo e voltou a incendiar a partida com suas arrancadas em velocidade, ora pelo lado direito, ora pelo lado esquerdo, fazendo boas jogadas com os dois laterais, chamando muitas faltas para si e quase marcando um belo gol no fim da partida.
Agradecemos também ao presidente Nelson Lira, por num gesto de nobreza ter feito a promoção com a entrada gratuita das muitas mães de familias, namoradas e torcedoras, que deram muito charme e elegância ao estádio, bem como a linda homenagem a “Dona Maria”, mais conhecida como a “Vovó do Belo”, que recebeu uma placa de reconhecimento pelo amor ao clube por tantas décadas de arquibancada.
Bom, o que podemos dizer é que apesar da boa atuação da equipe frente ao Esporte de Patos, não dá para a diretoria se acomodar e achar que já está tudo resolvido. Continuamos precisando de um meia esquerda, um atacante de velocidade e um lateral esquerdo.
Dias melhores para o maior campeão da Paraíba.
Pierre Eloy é Publicitário e Radialista, e frequenta as arquibancadas desde 1996. Foi comentarista e colunista de futebol na equipe Belonet em 2009/2010. Também convidado a ser o Vice Presidente de Marketing do Botafogo Futebol Clube no final de 2011, passando a ser Assessor de Imprensa no mesmo ano. No inicio de 2012, assumiu a Gerência de Comunicação do clube a pedido do presidente Nelson Lira. Hoje, está de volta à crônica esportiva a convite do Diretor Geral do portal Voz da Torcida, Cristian Uchôa.
Equipe @Vozdatorcida
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